Manifesto
CARTA DOS PRESIDENTES
Solidão, por que é fundamental
divulgá-la com seriedade?
Recebemos diariamente relatos de familiares e amigos solitários, bem como descrições individuais em locais de trabalho ou meios universitários. Referida na literatura como uma condição invisível e em expressiva expansão, desenvolveram-se métodos para se mensurar a solidão, identificando-a como um fator de risco isolado ou combinado à saúde. A solidão é interpretada como um sentimento comum e normal, porém capaz de desencadear consequências físicas e mentais negativas, incluindo-se risco maior às doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral, depressão, ansiedade, suicídio, distúrbios cognitivos e controle inadequado de circunstâncias metabólicas como a diabetes e dieta irregular. Sabe-se não haver uma razão única para o surgimento da solidão, modificando-se de acordo com as características e o momento de vida de cada pessoa. No entanto, foi somente recentemente que as pesquisas evoluíram mais significativamente, e esse sentimento mais compreendido. Nesse sentido, governos e organizações internacionais conscientes comportam-se com disciplina e responsabilidade, desenvolvendo e implementando estratégias com o objetivo de proporcionar a redução e o domínio da solidão, especialmente direcionados com empenho à conquista da solitude e a maior conexão social. Essa perspectiva da solidão como uma situação prejudicial à prevenção e controle de doenças, adesão ao tratamento e seguimento de inúmeras pessoas, faz com que obrigatoriamente tenhamos que aprofundar nossas pesquisas e elevar o nível da informação. Portanto, os profissionais da saúde e a sociedade civil necessitam ter acesso ao conhecimento para se mobilizarem e modificarem esse cenário. A 1ª Jornada Brasileira da Solidão e Solitude foi meticulosamente elaborada para transmitir conceitos, métodos de avaliação e sugerir intervenções eficientes para essa transformação positiva.
Será um prazer recebê-lo(a)!