“Eu sou Douglas Moraes , sócio fundador da agência IMPACTHAL, destinada a promover impacto social em saúde mental. O nosso objetivo é, através de informação médico científico de qualidade, numa conexão, uma ponte construída humanizada, para que assim nós possamos trazer esse tema tão importante, e que os médicos comecem a prescrever conexão social!”

“Olá a todos eu sou a Carla Núbia Borges, sou médica geriatra, sou sócia fundadora da IMPACTHAL ,uma agência focada em saúde mental em impacto social. Uma agência que vem se debruçando há quase dois anos em estudar solidão. Solidão um assunto, é uma dor da alma solidão, é um sentimento negativo transversal porque ele pode atingir qualquer idade, ele pode atingir e principalmente pessoas que vão passando por todas as intempéries da vida.”

“A gente ter um projeto focado em solidão, isso é muito importante, isso ajuda muito na qualidade de vida, isso é parte do tratamento do arsenal terapêutico para demências em geral, especialmente na doença de Alzheimer. Então é um projeto que eu vejo como sendo de extrema importância, é mais uma medicação, um medicamento não farmacológico para tratar a doença de Alzheimer, e muito bem-vindo aqui nesse momento.”

“O remédio, eu sempre falo que o remédio é uma parte do tratamento, todo o resto que envolve o paciente, o meio ambiente, o acompanhamento, o estímulo social, o estímulo familiar, a socialização, é muito importante para esses pacientes conseguirem manter sua qualidade de vida, e conseguirem manter suas performances no dia a dia.”

“Pessoas com demência que fazem atividade física evoluem mais devagar, se elas fizerem atividade física em grupo, o efeito é ainda melhor. O ser humano é um mamífero social, ele precisa da convivência. Quando uma pessoa tem uma alteração cognitiva porque tem demência, e adicionalmente ela está sozinha, ela está numa situação de que os estímulos para ela são muito limitados, eles dependem do que ela pode gerar por conta própria, e esse é o problema dela.”

“Eu fiquei muito impactada com a proposta do projeto Solidão na Demência, porque eu mesma como pesquisadora, também estou interessada no tema. Esse nosso tempo, é um tempo muito rápido, e as pessoas que moram sozinhas muitas vezes se ressentem da falta de tempo das outras pessoas, tanto para recebê-las, quanto para ir visitá-las, então para mim esse é um projeto muito interessante, gosto de me juntar a ele, como uma perspectiva de apoiar, de dar visibilidade para as pessoas invisíveis que são as pessoas solitárias. Nós estamos num tempo de muita informação e pouca conexão, então as pessoas não conectadas, as vezes são aquelas menos conectadas socialmente. E no caso das pessoas idosas, que sequer tem as conexões digitais, a gente tem ainda mais necessidade de um olhar cuidadoso.”

“A gente sabe a importância do que está acontecendo aqui no projeto Solidão na Demência, porque a solidão realmente impacta no aumento de três vezes o risco de demência, e solidão não é só estar sozinha, é perder referenciais, é perder estímulos do que você pode fazer em grupo.”